A psicopedagogia surgiu no mundo em meados do século XIX, quando os profissionais da psicologia e da psicanálise começaram a se preocupar com os problemas de aprendizagens, seu objetivo é reconhecer as razões e o modo de aprender de cada pessoa, sua forma de reagir e de perceber os estímulos recebidos, chegando de tal forma, a desenvolver a máxima potencialidade funcional do indivíduo.
No Brasil, a psicopedagogia chegou em 1970, aproximadamente, quando o curso de psicopedagogia passou a ser oferecido de forma complementar aos conhecimentos dos psicólogos e pedagogos.
A atuação profissional do psicopedagogo é regulada por meio de um Projeto de Lei Complementar (PLC nº 31/2010), que expõe a atuação profissional. Ademais, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, nº 9.394/1996), e os Projetos de Leis (PL nº 8.224/2014 e nº 209/2015), instituem o atendimento psicopedagógico na educação. A psicopedagogia permeia como área de transição entre a educação e a saúde, atuando de forma conjunta interdisciplinar, multidisciplinar e transdisciplinar.
Em São Paulo, algumas metrópoles detêm núcleos multiprofissionais na composição de equipes técnicas que dão suportes diretamente nas escolas. O objetivo estas equipes é de identificar as causas do prejuízo na saúde escolar. Portanto, a psicopedagogia é responsável por identificar as causas que promovem os baixos rendimentos acadêmicos de alunos desde as tenras etapas de educação aos anos finais.
Na prática clínica, a psicopedagogia tem o aluno como sujeito estudado, que apresenta por meio das suas demandas as prioridades para a correta adequação à aprendizagem. Neste sentido, a psicopedagogia registra de forma criteriosa os elementos latentes de cada indivíduo durante cada sessão: as qualidades e os déficits passaram a ser amplamente entendidos, gerando novas observações e permitindo adequação para um plano de intervenção individualizado.
Todo o plano de intervenção é produzido observando o sujeito e completado por meio da tríade: psicopedagogia, família e escola. Este plano conterá informações aderentes às práticas que serão adotadas no âmbito escolar e pela família como meio de promover a interação e a integração do sujeito estudado. De um modo geral, as práticas oferecem interpretações ao contexto pedagógico e significado ao estudante.
O profissional da psicopedagogia também pode levantar hipóteses de diagnósticos e proceder com encaminhamentos para profissionais de outras áreas, como psicólogos, fonoaudiólogos, neurologistas, psiquiatras.
Sugestão para leitura:
Santos D, Oliveira MP. Contribuições da psicopedagogia clínica na dificuldade de leitura: um relato de caso clínico. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/15523/1/DS23112017.pdf
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