A psicopedagogia é reconhecida como área de transição, servindo como ponte, entre as áreas: escolar e medicina. A excelência da psicopedagogia é estabelecida por ser amplamente respeitada por ter aparatos e condições para levantar hipóteses de diagnósticos nas quais procedem com o devido encaminhamento clínico, quando necessário.
Para isso avalia-se de forma primária todos os elementos que representam componentes de alterações, como emocional, familiar, social, orgânico, dentre outros, sempre buscando uma visão multi e transdisciplinar e ao mesmo tempo compartilha das experiências e saberes multiprofissionais, quando necessário.
Atualmente a demanda nessa área concentra-se nas mais variadas queixas familiares e escolares. Caberá ao profissional da psicopedagogia identificar o melhor recurso para aplicação aderente das técnicas que promovam o despertar pelo interesse do paciente no aprendizado permitindo seu autoconhecimento e descobertas.
Contudo, cabe especificar, que diversos elementos estão associados às demandas que buscam orientação, apoio e identificação para diagnósticos, sendo a que mais se destaca o uso persistente de telas, como: celulares, tablet’s, computadores e videogames.
A grande questão se concentra na dificuldade existente dos pais, educadores e responsáveis na diminuição do uso de quaisquer tipos de equipamentos. As justificativas se concentram no fato de que os recursos tecnológicos servem como fonte de “quietude finita” para a criança/adolescente, enquanto os adultos estão emergidos em suas tarefas cotidianas, ou até mesmo, desfrutam de um sossego.
De fato, se estivermos nos referindo ao corpo físico de uma criança ou de um adolescente este estará com sua atenção direcionada para a tela. Por outro lado, sua mente estará recebendo milhares de informações que raramente serão filtradas por sua mente ainda em desenvolvimento. Estes excessos informacionais, por sua vez, o cérebro promoverá aumento significativo de cortisol e noradrenalina na corrente sanguínea, o que irá aumentar seu nível de agitação, angústia, irritabilidade e ansiedade.
Ainda no início do século era muito comum às famílias oferecem chupetas aos bebês como forma de acalento, as disposições em termos de demandas pessoais e profissionais não eram tão diferentes do que vivemos hoje. E, mesmo assim, as famílias buscam engajar-se num imediatismo existencial, ou seja, a modelagem para extinção de um determinado comportamento que depende significativa do apoio das famílias nem sempre são seguidas, por não terem tempo…
E, você oferece o celular como “chupeta” para seu filho(a)?
Sugestão para leitura:
Castanho MIS. A psicopedagogia em um diálogo multidisciplinar. Rev Psicopedag. 2018; 35(106):116-124. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862018000100013
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