A saúde e o bem-estar das pessoas transgêneros

Nossa percepção sobre a sexualidade é construída e moldada pelo meio social padrão heteronormativo, a saúde das pessoas transgênero é frequentemente negligenciada pela sociedade, há um grande aumento das demandas sociais ignoradas pela maior parte da população.
A transgeneridade é um conceito amplo que abarca a diversidade de grupos e indivíduos que não se identificam com um comportamento delineado pela sociedade que exige a representação do sexo biologico designado no momento de seu nascimento.
Em termos de saúde física, as pessoas transexuais enfrentam desafios específicos, o nome social e a discriminação ainda são alicerces do preconceito a população transexual,  muitos profissionais alegam não estar preparados para oferecer tratamentos sensíveis as especifidades de pessoas transexuais.
Os aspectos sociais influenciam diretamente as questões de saúde mental da população transexual, que em muitos casos na tentativa de se encaixar em padrões protagonizados pela heteronormatividade buscam procedimentos essenciais para aliviar sua disforia de gênero para seu bem-estar geral. No entanto, o acesso a esses tratamentos pode ser limitado por barreiras financeiras, falta de cobertura de seguro ou discriminação institucional.
No aspecto da saúde mental, segundo a ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) a falta de ambientes acolhedores, além de gerarem maior preconceito e insegurança podem acarretar no desenvolvimento de taxas mais altas de depressão e suicídio, mas, isso está ligado a uma estigmatização patologizante no discurso que pessoas transexuais são assim, quando na verdade a sociedade as adoece não aceitando sua existência.
Ambientes mais humanizados que respeitem a natureza e individualidade de pessoas transexuais proporcionam maior qualidade e melhora da saúde mental dessas pessoas, sendo fundamental que o poder público proporcione a essas pessoas dignidade existencial.
Políticas inclusivas são necessárias a realidade e as vivências dessas pessoas, tudo isso em decorrência de uma cruel realidade de intimidação e negação da existência destas pessoas pela própria família e pela sociedade é necessário realizar políticas públicas que tragam ações preventivas, inclusivas e repressivas contra qualquer ato discriminatório.
Para promover a saúde das pessoas trans, é necessário um esforço conjunto para assegurar a equidade no acesso a serviços de saúde de excelência, suporte emocional e ambientes sociais que reconheçam e valorizem sua identidade plenamente.

Referências sugeridas para leitura:
1. Associação Nacional de Travestis e Transexuais – ANTRA. Precisamos falar sobre o suicídio das pessoas trans! 2018. Disponível em: https://antrabrasil.org/2018/06/29/precisamos-falar-sobre-o-suicidio-das-pessoas-trans/
2. Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
3. Brasil. Declaração Universal dos Direitos Humanos. 2018. Disponível em: https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf
4. Maciel-Guerra AT, Guerra Júnior G. Menino ou Menina?: Os distúrbios da diferenciação do sexo. Barueri: Manole. 2002.
5. Santana VC, Benevento CT. O conceito de gênero e suas representações sociais. Buenos Aires: EFDeportes. 2013. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd176/o-conceito-de-genero-e-suas-representacoes-sociais.htm

Contato:
E-mail: rodrigo.bertolazzi2@gmail.com

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