Já imaginou ter de esconder quem você é? Debater sobre a saúde mental no Brasil continua sendo um assunto tabu, cercado de estigmas e desinformação. A abordagem dessa questão dentro da comunidade LGBTQIAP+ é ainda mais complicada, uma vez que está permeada pela violência direcionada à comunidade.
A saúde mental das pessoas LGBT é uma questão de crescente relevância e preocupação, entre os desafios estão a discriminação, o preconceito, a violência e a falta de apoio social e familiar, que contribuem para altos níveis de estresse, ansiedade e depressão.
A discriminação e o estigma associados à orientação sexual e identidade de gênero são fatores críticos que afetam negativamente a saúde mental das pessoas LGBT. O bullying e violência vivenciado por essas pessoas além da rejeição social, conforme pesquisas tem resultado em problemas de saúde mental mais graves que indicam que jovens LGBT têm uma probabilidade significativamente maior de considerar o suicídio do que seus pares heterossexuais e cisgêneros.
O Estado é fundamental no eixo preventivo e no apoio social contra problemas de saúde mental. No entanto, não há políticas públicas suficientes para coibir a LGBTfobia e muitos indivíduos LGBT acabam enfrentando uma grande rejeição por parte de suas famílias e conhecidos.
O grande mestre Renan Quinalha, professor e escritor sublinha que a discriminação e o estigma são fatores críticos que impactam negativamente a saúde mental das pessoas LGBT. O estresse resultante dessas experiências adversas pode levar a altos níveis de ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental.
Quinalha argumenta que as violências vivenciadas pela comunidade LGBTQIAPN+, muitas vezes institucionalizada e sistemática, criam um ambiente de medo e insegurança, contribuindo para o aumento de transtornos mentais. A falta de políticas públicas eficazes para proteger essa população agrava ainda mais a situação.
Portanto, é fundamental que os profissionais de saúde mental e a sociedade em geral estejam cientes das especificidades que afetam a saúde mental das pessoas LGBT. Abordagens inclusivas e afirmativas são necessárias para lidar com os estressores únicos enfrentados por essa população. Apenas através de uma compreensão aprofundada e de ações concretas podemos melhorar a saúde mental e o bem-estar das pessoas LGBT, criando uma sociedade mais justa e equitativa

Sugestão para leitura:
1. Meyer IH. Prejudice, social stress, and mental health in lesbian, gay, and bisexual populations: conceptual issues and research evidence. Psychological Bulletin. 2003; 129(5):674.
2. Quinalha R. História do Movimento LGBT no Brasil. EdUFSCar. 2018.

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E-mail: rodrigo.bertolazzi2@gmail.com

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