Os homens tendem a viver menos do que as mulheres devido a uma combinação de fatores biológicos, comportamentais e sociais. Aqui estão alguns desafios específicos enfrentados na atenção à saúde masculina que contribuem para essa diferença:
Comportamentos de risco (homens são mais propensos a adotar comportamentos de risco, como consumo excessivo de álcool, tabagismo e direção perigosa. Essas atividades aumentam a probabilidade de acidentes e doenças crônicas);
Procura por assistência médica (homens, em geral, tendem a evitar consultas médicas regulares e a busca por assistência preventiva. Isso pode levar a diagnósticos tardios de doenças graves, como câncer e doenças cardíacas);
Estigma em relação à saúde mental (homens muitas vezes enfrentam barreiras ao procurar ajuda para problemas de saúde mental devido ao estigma associado. A falta de tratamento adequado pode levar a altas taxas de suicídio e outras consequências graves);
Doenças crônicas (homens têm uma maior predisposição a certas doenças crônicas, como hipertensão, doenças cardíacas e diabetes. Esses problemas de saúde podem ser exacerbados pela falta de check-ups regulares e gestão inadequada da saúde);
Ocupações perigosas (muitos homens trabalham em profissões que envolvem alto risco físico, como construção, mineração e manufatura, o que pode resultar em acidentes de trabalho e exposição a substâncias nocivas);
Expectativas sociais e culturais (normas sociais e culturais muitas vezes encorajam os homens a serem “durões” e a não expressarem fraqueza, o que pode impedir a busca de cuidados a saúde e a adesão a tratamentos);
Acesso e adesão ao tratamento (a resistência em seguir tratamentos prescritos ou em adotar hábitos de vida saudáveis também contribui para a menor expectativa de vida dos homens).
Para enfrentar esses desafios, é crucial implementar estratégias específicas, como campanhas de conscientização que desmistifiquem a procura por cuidados, programas de saúde ocupacional que reduzam riscos no local de trabalho, e serviços de apoio à saúde mental voltados para homens. É essencial que os serviços de saúde sejam mais acessíveis e culturalmente sensíveis às necessidades dos homens.
É importante promover a educação sobre a importância dos check-ups regulares e a adoção de hábitos de vida saudáveis, bem como incentivar políticas de saúde pública que abordem diretamente as necessidades e comportamentos específicos da população masculina.
Sugestão para leitura:
A saúde do homem em questão: busca por atendimento na atenção básica de saúde. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/FbpgK49wxKTqPyPLZXJh8zs/?format=pdf&lang=pt
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